domingo, 22 de julho de 2007

(2) construo o meu espaço...




A outra casa de Hölderlin, no silêncio


A primeira casa de que no silêncio ouvi falar.
A de outrora. De que não mais se fala. O
vácuo.

A seda de que era feito o livro. Um
fundo de damasco lavrado de figuras
isoladas.

Não falar nunca, no silêncio, sobre a a casa.
A que era própria dos sons. Casa
límpida,

para ressoarem os livros. Rever a pluma
e a escrivaninha insólitas. Na cena. Na casa
solitária.

Que volte a ser minha. Que eu alcance a
graça do lugar absurdo. Esse círculo,
ao reler.

Fiama Hasse Pais Brandão



2 comentários:

Frioleiras disse...

Como eu me sinto bem neste teu blogue...

nesta tua casa...

mesmo q nunca lhe ponhas cor...
a cor
para ti,
penso,
perturba-te os pensamentos ...(?)

eu disse...

Um suave poema sobre os nossos ninhos e sobre os sentimentos em nós aninhados.


D. Galinha

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