
Panteão de Roma, 118-125

Baldaquino de São Pedro, Bernini,
Basílica de São Pedro, Vaticano, 1624-1633.
“ Nas ruas de Roma reinava a agitação. O velho Bernini adivinhara-o: os Romanos não toleravam o saque ao Panteão. O templo era a única construção da cidade que remontava ao tempo de César e que fora poupada pelos bárbaros nas suas incursões – e agora vinha aquele Papa Barberini estripar o tecto de bronze para com ele embelezar a sua basílica! Com pedaços de bosta de cavalo e de vaca e pêssegos e tomates podres, a população bombardeava os trabalhadores que retiravam as vigas de bronze da cobertura do pórtico e as transportavam em enormes carroças pelas ruas estreitas até à recém-construída oficina de fundição na colina do Vaticano, onde deveriam ser derretidas. E por toda a parte ressoava o mesmo brado, cheio de fúria e indignação: “ O que não fizeram os bárbaros fizeram os Barberini!”
[...]
( Excerto do livro “Principessa” de Peter Prange – Casa das Letras – pág. 60 )
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Reflexão
“ O desejo de destruir é ao mesmo tempo um desejo criador.”
6 comentários:
Há quanto tempo não via este símbolo... E o Bakunine tem razão...
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A razão é criativa...
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Beijo!
Não !
O desejo de destruir não tem esperança !
Sem esperança não existe criação !
rendinhas
a relaçao caos ordem
Frioleiras,
Mas o Baldaquino de São Pedro existe,e outros tantos "baldaquinos". E foram criados em nome da "esperança". Não?
" Nada se perde, tudo se transforma"
( não disse que concordava, nem com uma nem com outra perspectiva. Era para reflectir sobre vários pontos de vista e como tudo é discutivel...)
:)
A Anarquia é a ordem perfeita.
O resto não discuto.
Esta semana ando a funcionar com um quarto dos neurónios. Questão de poupança.
"Todos matam aquilo que amam"
Jean Genet
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